Packet Radio


(fonte http://www.qsl.net/py2zm)

Packet Radio (ou, em português, Rádio Pacote), é o modo de comunicação digital via ondas de rádio, onde um computador ou terminal, acoplado a um transceptor e a um TNC (Terminal Node Control) ou Modem, permite a troca segura de informações entre os usuários conectados. Nesse sistema, as informações são transmitidas em pequenos “pacotes”, cuja integridade é previamente confirmada pela estação receptora para que novo “pacote” seja então transmitido, ou que aquele seja “re-enviado” em caso de detecção de erro.

Dessa forma, a confiabilidade no tráfego de informações é total, o que permite a operação simultânea de várias estações numa mesma frequência.

O Packet Radio é internacionalmente padronizado pelo protocolo AX.25 (Amateur eXperimental .25 – Versão 2). O protocolo TCP/IP é também utilizado em Packet, e vem ganhando um número cada vez maior de adeptos atualmente, principalmente na Europa e EUA.

O TNC é o equipamento que serve como interface entre o computador e o transceptor, efetuando a codificação/ decodificação do protocolo utilizado, através de um modem interno. É possível operar-se SEM um TNC, mediante a utilização de determinados softwares (como o Baycom, Graphic Packet, WinTnc, e outros) que emulam um TNC no computador. Nesta hipótese, é necessária a utilização de um Modem (circuito modulador/demodulador – as famosas “plaquinhas” Baycom) para a comunicação entre o computador e o transceptor, uma vez que é ele (Modem) quem vai efetuar a conversão dos sinais analógicos que vêm/vão do transceptor para o computador e vice versa.

As comunicações em Packet estão presentes na maioria das bandas destinadas ao uso do radioamador, e cuja canalização de frequências para esse modo deve ser observada. Assim, encontramos Packet nas bandas de HF, de 40 a 10 metros (normalmente a 300 baud), em VHF, de 6 a 2 metros (a 1200 ou 9600 baud), em UHF e em outras faixas experimentais.

A operação em Packet Radio permite, entre outras coisas:

a) Contato entre operadores, teclado a teclado;

b) Conexão à PBBS (Packet Bulletim Board System), que são estações de funcionamento automático e ininterrupto que atuam como “caixas de correio eletrônicas”, e que se prestam ao envio e recepção de mensagens, armazenam boletins, arquivos e programas de interesse da comunidade radioamadorística;

c) Conexão de operadores à estações NODE (estações automáticas e de localização estratégica, cuja finalidade é interligar estações distantes entre si) ou GATEWAY (estações com função semelhante aos NODES, e que operam em mais de uma “porta”, trabalhando em faixas de frequências distintas, realizando assim a interligação de um determinado “ramo” de um sistema ou interligando sistemas diferentes);

d) Acesso à Internet, através do serviço de Correio Eletrônico, ou do Convers Mundial ( modo chat que permite a conversação via teclado entre radioamadores do mundo todo em tempo real );

e) Comunicação de operadores com satélites (utilizando o Node do satélite para retransmissão a longas distâncias ou conexão com o PBBS do satélite). Conforme já mencionado anteriormente nestas páginas, a Estação Orbital Mir também traz a bordo um sistema de Mailbox automático que permite, através da conexão em Packet, o envio e recepção de mensagens. Uma conexão efetuada em Packet Radio (ou outro modo de operação) com a Estação Orbital pode ser confirmada através de um cartão QSL;

f) Comunicação entre PBBS de terra e satélites gateways (para o forward de mensagens, que serão “descarregadas” pelo satélite em outros PBBS ao redor do mundo).